quarta-feira, 26 de março de 2008
A variação lingüística e o ensino de língua materna
Na atividade de ensino da língua materna é comum apenas se trabalhar com uma das inúmeras variações lingüísticas: a norma culta. Como a língua não é algo rígido e muda ao passar do tempo, em função das alterações sócio-culturais, a sociedade aceita as variações como um fato. No entanto, por fugirem ao padrão tradicional, são tachadas como certas ou erradas, pitorescas, cômicas etc. Porém, se, em algumas situações há um determinado tipo de flexão da língua que melhor se adequa, então por que não inseri-las aos trabalhos de aprendizagem? O argumento de que o aluno ao chegar à escola já se encontra familiarizado às variedades lingüísticas não é verídico, sendo ele, na maioria das vezes, conhecedor de apenas alguns elementos das várias variações, tendo portando, muito a aprender. A norma padrão, num amplo sentido, segundo Castilho (1988), funciona como um fator de coesão, identidade e sobrevivência de um grupo social, e num sentido restrito corresponde aos usos, aspirações e atitudes classe social de prestígio, que pela sua posição, impõe como “correto” seu modo de usar a língua.Uma rápida idéia dos tipos de variedades da língua se faz conveniente. São basicamente dois: os dialetos (variações decorrentes de quem usa a língua) e os registros (variações decorrentes do uso que se faz da língua). É importante frisar que qualquer variação lingüística reflete as diferenças sócio-culturais da sociedade.
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